Um estudo recente publicado no site journals.plos.org revelou que pacientes com osteoartrite (OA) que sofrem de dor intensa podem encontrar alívio significativo dos sintomas de depressão através da prática de exercícios físicos. Esta descoberta enfatiza a importância de tratamentos não medicamentosos para o manejo da OA e destaca o papel crucial da atividade física na melhoria da qualidade de vida desses pacientes.
O Estudo e Suas Descobertas
A pesquisa, conduzida pela Universidade Victoria, focou em pacientes que aguardavam consulta com um especialista em ortopedia em um hospital público em Melbourne. Com uma amostra de 552 participantes, o estudo descobriu que a dor “modera significativamente” a relação entre níveis de atividade física e sintomas de depressão. Pacientes com maiores níveis de dor, que geralmente evitam exercícios, apresentaram as maiores reduções nos sintomas depressivos quando engajados em atividades físicas.
Importância da Atividade Física na OA
A osteoartrite é a forma mais comum de artrite, afetando milhões de pessoas globalmente. No estudo, 33.9% dos participantes apresentavam sintomas moderados a severos de depressão. Aqueles que se exercitavam regularmente, mesmo com alta intensidade de dor, relataram melhorias significativas no humor e na qualidade de vida. Esses achados reforçam as diretrizes clínicas que recomendam intervenções não medicamentosas como tratamento de primeira linha para OA.
Benefícios Além da Dor
O exercício não apenas ajuda na redução da dor, mas também oferece benefícios emocionais importantes. O estudo, destaca que a atividade física pode ser um poderoso aliado no combate à depressão, mesmo para aqueles que enfrentam dores severas. Isso desmistifica a ideia de que a dor deve ser uma barreira para o exercício, mostrando que os benefícios superam os desafios.
Recomendação para Profissionais de Saúde
Os profissionais de saúde são encorajados a recomendar atividades físicas para pacientes com OA, independentemente do nível de dor. As diretrizes atuais sugerem que o manejo da OA deve focar em tratamentos não cirúrgicos e não medicamentosos, como o exercício, para melhorar a saúde física e mental dos pacientes. Este estudo fornece evidências robustas para apoiar essas recomendações.
Conclusão
A pesquisa da Universidade Victoria oferece uma perspectiva nova e esperançosa para o tratamento da osteoartrite. Ao demonstrar que a atividade física pode aliviar significativamente os sintomas de depressão, mesmo em pacientes com dor intensa, o estudo destaca a importância de incorporar exercícios na rotina de manejo da OA. Profissionais de saúde devem se sentir confiantes em promover o exercício como uma ferramenta essencial para melhorar a qualidade de vida de seus pacientes